Resumo da Trajetória
Nascido no Rio de Janeiro em 15 de julho de 1928, Célio de Oliveira Borja graduou-se na Faculdade de Direito do Distrito Federal (atual UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Iniciou as suas atividades políticas na Ação Católica Brasileira, tendo sido membro da Juventude Universitária Católica (JUC) e vice-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) até 1949.
Por influência do líder udenista Aliomar Baleeiro, de quem fora aluno no doutorado em Direito, candidatou-se a deputado estadual na legenda da UDN. Em março de 1964, Borja assumiu a liderança do governo Lacerda na Assembleia Legislativa. Em resposta à criação do bipartidarismo, participou da organização do Partido de Reforma Democrática (PAREDE), sob a liderança de Lacerda; o partido, contudo, não obteve registro legal.
No início de 1966, ingressa na ARENA, o que lhe vale o rompimento com Lacerda. Em novembro de 1970, Borja se elege deputado federal pela ARENA-RJ, participando ativamente de diversas comissões da Câmara dos Deputados. Reelege-se em 1974 e é escolhido para liderar a agremiação governista nessa Casa. No exercício da função, foi encarregado pelo presidente Geisel da elaboração do projeto de fusão da Guanabara com o Rio de Janeiro. Em 1975, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, cargo que exerceu até dezembro de 1976, tendo sido substituído por Marco Maciel (ARENA-PE). Em 1978, foi o 5º. candidato a deputado federal mais votado no Rio de Janeiro. Dois anos depois, ingressou no Partido Democrático Social (PDS), criado após o fim do bipartidarismo, em novembro de 1979. Em 1982, foi candidato ao Senado Federal pelo PDS, tendo sido derrotado por Saturnino Braga (PDT). Em 1985, participou da fundação do Partido da Frente Liberal (PFL). Foi escolhido Assessor Especial do Presidente Sarney e membro da Comissão Provisória de Assuntos Constitucionais (Comissão Afonso Arinos). No ano seguinte, seria nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF), do qual viria a aposentar-se em 1992, para assumir o Ministério da Justiça do Governo Fernando Collor.