Resumo da Trajetória

Mauro Santayana nasceu em 1932, no Rio Grande do Sul. Jornalista autodidata, trabalhou em inúmeros periódicos. Foi chefe de reportagem do Diário de Minas de 1955 a 1958 e secretário de redação da Última Hora (RJ) em 1959. Escreveu também na revista Manchete, no jornal mineiro Binômio e Diário de Minas. Em 1964, colaborou com o embaixador Mário Palmério, no Paraguai, nas negociações para a implantação da hidrelétrica de Itaipu. Com o golpe militar, exilou-se, durante mais de dez anos no Uruguai, no México, em Cuba e na Tchecoslováquia. Em Bonn, na Alemanha, foi correspondente do Jornal do Brasil de 1970 a 1973. Entrevistou personalidades como Willy Brandt, Garrincha, Dolores Ibarruri, Jorge Luis Borges, Lula e Juan Domingo Perón. Em 1974, ganhou o Prêmio Esso de reportagem com a matéria "Assim começou uma guerra", na qual publicou extratos do diário de bordo do comandante do submarino alemão que afundou navios mercantes brasileiros e de passageiros na costa brasileira no início da Segunda Guerra Mundial. De 1976 a 1982, foi diretor da sucursal da Folha de São Paulo em Minas Gerais. Também colaborou com a Gazeta Mercantil de 1982 a 1992. Conselheiro, ghost-writer e amigo de Tancredo Neves, foi o responsável pela articulação da campanha presidencial do então governador mineiro, representando-o em São Paulo. Em 1985, foi Secretário-Executivo da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais (mais conhecida como Comissão Afonso Arinos). Entre 1987 e 1990, foi adido cultural do Brasil em Roma. Em 2004, a amizade com Tancredo Neves e o trabalho feito pela reconquista da democracia garantiram-lhe uma condecoração do governo mineiro. Publicou A tragédia argentina - poder e violência, de Rosas ao peronismo (1976); Conciliação e transição: as armas de Tancredo (1985); Mar Negro - Nação e Governo Em Nosso Tempo (2000); Dossiê da guerra do Saara (1987); Tancredo, o verbo republicano (Autêntica, 2010).