Metadados
Miniatura
Código de Referência
BIO.00046
Nome
Sandra Cavalcanti
Resumo da Trajetória
Nascida em Belém (PA) em 1925, Sandra Martins Cavalcanti de Albuquerque formou-se em Letras Clássicas pela PUC-RJ, tendo dedicado vários anos ao magistério. Começou sua carreira política em 1954, como vereadora do então Distrito Federal (Rio de Janeiro) pela União Democrática Nacional (UDN), cargo que ocupou até 1958. Em 1960, foi eleita deputada estadual pela mesma legenda, no antigo Estado da Guanabara. Deixou o cargo em 1962, quando passou a ocupar a Secretaria de Serviços Sociais da Guanabara, no Governo Carlos Lacerda. Entre 1964-1965, foi presidente do então BNH (Banco Nacional da Habitação). Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional no 2 (1965) e a criação do bipartidarismo, se filiou à Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido que apoiava o regime militar. Entre 1966 e 1974, se afastou da política e retomou a profissão de professora. Em 1974, voltou à carreira política, se elegendo deputada estadual pela ARENA (RJ). Após o mandato de quatro anos, em 1978 candidatou-se ao Senado pelo Rio de Janeiro também na legenda da ARENA, mas foi derrotada por Nélson Carneiro (MDB). Deixou a ARENA em 1979. Em 1980, tentou criar um partido de orientação democrata-cristã – o Partido Democrático Republicano (PDR) – para concorrer ao governo do Rio nas eleições de 1982. Em 1981, o PDR conseguiu um registro provisório, mas uma decisão do TSE no ano seguinte decidiu que partidos com registro provisório não poderiam disputar eleições. Como Cavalcanti já estava em campanha, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Apesar de ter largado na disputa eleitoral em 1o. lugar nas pesquisas, foi caindo posições e acabou sendo apenas a 4a. mais votada. Em 1986, filia-se ao Partido da Frente Liberal (PFL), pelo qual se candidatou e se elegeu deputada federal constituinte (1987-1991). Disputou as prévias do PFL para as eleições diretas à Presidência da República em 1989. Apesar de não ter sido escolhida a candidata do partido, teve a oportunidade de divulgar sua campanha em favor do sistema de governo parlamentarista. Em função disso, apoiou o candidato Mário Covas (PSDB-SP), que também era defensor do parlamentarismo, e, no 2o. turno, apoiou o candidato vencedor Fernando Collor de Melo, do Partido da Reconstrução Nacional (PRN). Em 1991, se reelegeu deputada federal. Em 1993, por discordâncias com a direção nacional do PFL, deixa o partido e filia-se ao Partido Progressista Reformador (PPR). Após o término do seu mandato de deputada federal, não disputou mais nenhuma eleição, encerrando assim sua carreira política. É autora de três livros: Rio, viver ou morrer (1978), Política nossa de cada dia (1982) e Os arquivos de Deus (1996). Faleceu em 2022.
Catalogador
Lucas da Silva Esteves de Souza
Data da Catalogação
18 de agosto de 2022