Metadados
Miniatura
Código de Referência
BIO.00047
Nome
Carlos Chagas
Resumo da Trajetória
Nascido em Três Pontas (MG) em 1937, Carlos Chagas ingressou no curso de Direito da PUC-RJ em 1956. No ano seguinte, após breve estágio no Jornal do Brasil, começou a trabalhar na reportagem geral de O Globo. Em 1960,dedicou-se à cobertura da campanha de Jânio Quadros, acompanhando a sua comitiva por várias cidades do país. Em 1961, após a conclusão o curso de direito, advoga para presos políticos que cumpriam pena no presídio de Ilha Grande (RJ). Presta concurso para promotor público, sendo designado para o município de Mendes (RJ), depois transferido para São João da Barra (RJ). Em 1962, abandona a carreira jurídica, optando por ser editor político de O Globo, no qual permaneceu até 1969. Além disso, estreia um programa noturno na TV Rio e trabalha no palácio Guanabara, como Secretário de Imprensa do então governador Negrão de Lima. Entre maio e agosto de 1969, foi Secretário de Imprensa do Presidente da República Costa e Silva e, de agosto a outubro, da Junta Militar. No final do ano, incentivado por Roberto Marinho, dá início a uma série de 20 reportagens, publicadas no Globo e no jornal O Estado de São Paulo (OESP), sobre o período da doença de Costa e Silva. Em 1970, ganha um Prêmio Esso de Jornalismo, publicando o livro 113 dias de angústia, que teve a sua circulação proibida uma semana depois de lançado. Passa a escrever na revista Manchete e, em 1972, ingressa na sucursal do jornal O Estado de São Paulo em Brasília; outros dezoito órgãos da imprensa publicariam seus trabalhos, com base na distribuição da Agência Estado. De 1973 a 1976, colabora com o jornal Última Hora, e em 1975 publica Resistir é preciso, coletânea de artigos escritos entre 1972 e 1974. Em 1977, é indiciado num Inquérito Policial Militar, pela notícia sobre risco de febre amarela na UnB, depois arquivado pela Justiça Militar. Torna-se professor do Departamento de Comunicação da UnB em 1978. Em 1979, seu livro 113 dias.. é liberado para a circulação, sendo reeditado pela LPM. Em 1985, publica A guerra das estrelas, relato das sucessões presidenciais militares. Em 1988, demite-se do OESP, por discordância com a nova geração dos Mesquita. Ao deixar esse jornal, passa a dirigir a sucursal da Rede Manchete de TV, tornando-se responsável pelos comentários políticos da rede e da revista Manchete. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1995. Faleceu em 2017.
Catalogador
Lucas da Silva Esteves de Souza
Data da Catalogação
18 de agosto de 2022